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O jornalista Giuliano Tamura concede entrevista após encontro com agentes da Pascom

“Se estivermos centrados nos princípios da ética, por mais polêmico que seja o assunto conseguiremos levar a verdade a quem nos lê, ouve ou nos assiste”, diz o jornalista Tamura Aranha , que esteve em Agudos na semana passada para o encontro de Comunicação do Regional Sul 1 da CNBB. Com o tema...

“Se estivermos centrados nos princípios da ética, por mais polêmico que seja o assunto conseguiremos levar a verdade a quem nos lê, ouve ou nos assiste”, diz o jornalista Tamura Aranha , que esteve em Agudos na semana passada para o encontro de Comunicação do Regional Sul 1 da CNBB.

Com o tema “Comunicar a esperança. Não tenhas medo” – fez com que agentes da Pastoral da Comunicação (PASCOM) e profissionais nessa área passassem três dias a refletir este tema e como melhorar o processo comunicativo no veículo onde atuam ou na comunidade onde se relacionam.

O jornalista da TV Globo Giuliano Tamura Aranha, que esteve em Agudos para o 22.º Encontro Estadual da Comunicação, realizado entre os dias 17 a 19 de novembro, no Seminário dos frades Franciscanos, em Agudos, SP promovido pela Pastoral da Comunicação do Regional Sul 1 da CNBB, foi um dos que assessorou este encontro. Ele conversou com o site do Regional Sul 1. Leia a seguir:

Primeiramente, obrigado por aceitar responder à essas perguntas. O senhor foi um dos conferencistas do Encontro Estadual da Comunicação. Qual foi a sua contribuição aos participantes deste encontro?

Giuliano: Fui convidado pelo Padre Paulo Bronzato de Botucatu para participar do Encontro Estadual da Pascom, convite que recebi com muita alegria. Eu sabia que teria um desafio pela frente, afinal a proposta era falar para um grupo sobre como podemos melhorar nossos processos comunicativos. Tentei refletir com os participantes, não só como estamos atuando como comunicadores, mas como estamos nos comunicando como pessoas, seja na nossa família, no nosso ambiente de trabalho e na nossa comunidade.

De que forma o senhor avalia a realização do Encontro de Comunicação em Agudos, SP?

Giuliano: Avalio o encontro em Agudos como um grande momento em que todos nós participantes saímos ganhando. Ganhamos mais conhecimentos, ganhamos mais experiência, mas sobretudo ganhamos mais vivência em comunidade. Creio que todos os participantes, padres, leigos e religiosos que lá estavam saíram capacitados a melhorar o processo comunicativo no veículo onde atuam ou na comunidade onde se relacionam.

O Encontro de Comunicação do Regional Sul 1 da CNBB, que é promovido anualmente pela Pastoral da Comunicação, teve, nesta edição, o tema “Comunicar a esperança. ‘Não tenhas medo’ (Is 43, 5)”. Para o senhor, o que este tema significa nestes tempos conflitivos de hoje?

Giuliano: Interessante pergunta, no sábado dia 18, um dos Evangelhos sugeridos do dia era justamente o de Mateus 14,22-33. Em determinado momento, quando os discípulos estão na barca e Jesus vem andando sobre o mar, eles ficam apavorados. Eis que Cristo assim diz no versículo 27 , “Coragem , Sou eu, não tenhais medo”.  Por providência divina, essa passagem vai de encontro ao tema baseado no texto de Isaías. Ou seja, Deus nos pede a coragem, a coragem de fazer a comunicação honesta, a comunicação ética, a comunicação que acrescenta algo na vida das pessoas e não apenas a comunicação do superficial, da fofoca, das intrigas …. Em tempos conflitivos, só a verdade prevalecerá. E para nós cristãos, essa Verdade é ainda maior, essa Verdade é Jesus.

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O jornalista Giuliano Tamura foi um dos conferencistas do encontro que teve como tema principal “Comunicar a esperança. Não tenhas medo”

Durante o encontro o senhor fez uma breve análise das Mensagens para o Dia Mundial das Comunicações Sociais de São João Paulo II. Elas, como as outras mensagens dos outros Pontífices, de fato, são fundamentais para se entender e promover a comunicação na sociedade e a comunicação na Igreja.  Para o senhor, o que estas mensagens representam?

Giuliano: Sem dúvida alguma, o Papa João Paulo 2 foi um dos grandes comunicadores mundiais. Mais do que apenas ser representante de Pedro ele soube transmitir a mensagem do Evangelho por meio de seu pontificado. E a análise dos textos, é algo fantástico para se fazer.  Nas cartas, o Papa João Paulo 2 escreve sobre temas que são de muita importância. Ele discorre sobre a questão do diálogo em família, da invasão dos meios de comunicação nas casas, critica a forma como muitas vezes o ser humano é retrato na mídia, sem seu devido respeito como imagem e semelhança de Deus, enfim, o Papa faz várias reflexões importantes sobre como podemos usar a comunicação para o bem das comunidades. São textos claros e profundos voltados não apenas aqueles que trabalham na área de comunicação, mas pra todos nós cristãos.

O papa Francisco vem chamando a atenção por suas características de comunicador. Em sua opinião, a que isso se deve?

Giuliano: O Papa Francisco é outro Pontífice que sabe da importância de bem usar os meios de comunicação para Evangelizar. Num certo sentido, o Papa Bergoglio tem à sua disposição novas ferramentas como as redes sociais e a internet para avançar na sua comunicação. Com a multiplicação dos equipamentos eletrônicos hoje é possível recebermos diariamente as mensagens do Papa. E sabedor da importância de se aproveitar desse recurso, ele tem se mostrado um comunicador eficiente. Mas , mais do que eloquência, Francisco tem no gestual o seu maior legado. A humildade e a alegria dessa Papa é que o faz realmente um sábio líder com poder de persuasão no sentido de catequese.

Para o senhor, quais são os princípios básicos para um bom agente e profissional da comunicação?

Giuliano: Para ser um bom agente de comunicação ou um bom profissional é preciso primeiro ter humildade. Não devemos nos deixar levar pelas vaidades da atividade. Precisamos também ter o olhar no outro, sempre no outro. Os nossos assuntos devem tentar buscar a solução pra nossa comunidade. E ética, sem ética fica impossível desenvolvermos nosso trabalho. Por vezes teremos que nos deparar com temas complexos e difíceis. Mas se estivermos centrados nesses princípios, por mais polêmico que seja o assunto conseguiremos levar a verdade a quem nos lê, ouve ou nos assiste.

Fonte: CNBB Sul 1