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Portugal: unidade e profissionais competentes para a comunicação da Igreja

Sobre o tema plano de comunicação social da Igreja em Portugal ouvimos Carmo Rodeia, diretora de comunicação do Santuário de Fátima e colaboradora do portal de notícias Igreja Açores. Rui Saraiva – Porto A Conferência Episcopal Portuguesa na 194ª Assembleia Plenária, que decorreu de 9 a 12 de abril, decidiu prosseguir a...
Sobre o tema plano de comunicação social da Igreja em Portugal ouvimos Carmo Rodeia, diretora de comunicação do Santuário de Fátima e colaboradora do portal de notícias Igreja Açores.

Rui Saraiva – Porto

A Conferência Episcopal Portuguesa na 194ª Assembleia Plenária, que decorreu de 9 a 12 de abril, decidiu prosseguir a reflexão sobre um Plano de Comunicação Social da Igreja.

No comunicado final pode-se ler que “tendo em vista a elaboração de um Plano de Comunicação Social da Igreja, a Assembleia tomou conhecimento da reflexão feita pela Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais, que inclui um serviço central de Comunicação, e aprovou o seu prosseguimento em ligação com o Conselho Permanente e o Secretariado Geral”.

A propósito do Dia das Comunicações Sociais que se celebra no domingo dia 13 de maio e versando o tema de um plano de comunicação social da Igreja em Portugal, ouvimos Carmo Rodeia, diretora de comunicação do Santuário de Fátima e colaboradora do portal de notícias Igreja Açores. Publicamos aqui uma primeira parte da entrevista que concedeu ao Vatican News:

“A Igreja já percebeu que precisa de comunicar. Desde logo, o desafio da profissionalização e cada vez mais a Igreja perceber que a comunicação, tal e qual como outras áreas de atividade, exige profissionalismo. Exige técnicos competentes. Assim como não se pede a um leigo que escreva uma homilia para um sacerdote, também não se vai pedir a um voluntário, que não tenha formação na área jornalística, para escrever notícias. E este é o grande desafio. Já passaram mais de 50 anos do Concílio e sobre o Decreto Inter Mirifica, onde os padres conciliares reconheciam a necessidade da Igreja comunicar, da Igreja se abrir. E da Igreja mostrar que é capaz de chegar a todos os ambientes. Eu diria que este desafio da profissionalização ainda é algo que está por cumprir. E por cumprir na sua plenitude. Ao nível das dioceses, ao nível da Conferência Episcopal, ao nível dos santuários, é preciso apostar em recursos humanos competentes e profissionais para fazerem o trabalho de comunicação. Isto é um desafio.”

“O outro desafio é, de facto, percebermos que a Igreja é só uma e que aquele que servimos é o mesmo Deus e é o mesmo Senhor. E. portanto, não vale a pena estarmos a criar capelinhas em vez de darmos as mãos e de trabalharmos em rede. E o trabalharmos em rede é nas redes digitais mas também nas redes analógicas. E, às vezes, aquilo que me entristece é ver que as pessoas possam trabalhar umas por conta da sua paróquia, ou da sua diocese e não haja este sentido de unidade da Igreja. A Conferência Episcopal tem uma agência de notícias, tem um espaço de televisão na RTP, tem um espaço de rádio na RDP. Tem a Rádio Renascença (RR). Portanto, nós já temos muitos instrumentos para comunicar. Penso que é chegado o momento de todos darmos as mãos, sem preterir o que é a realidade local, sem preterir aquilo que é a realidade regional, mas todos trabalharmos no mesmo sentido. E fazermos bom jornalismo sempre tendo em conta estas realidades, mas ao mesmo tempo sem perder de vista a unidade que é necessária. Manter a diversidade mas garantindo a unidade sem que as dioceses estejam cada uma à procura de arranjar lenha para cima de si, sem conseguir depois dar o outro salto que é o da sustentabilidade. É muito fácil abrir um jornal, uma rádio ou uma televisão, o difícil é mantê-los. Abrir para fechar daqui a seis meses ou um ano não vale a pena. As experiências são muito dolorosas e depois o luto é muito difícil de ser feito. E, portanto, aquilo que eu acho que é o grande desafio é, por um lado a profissionalização e em segundo lugar a união dos vários órgãos de comunicação social através de redes de correspondentes ou chamem-lhe o que quiserem, mas a verdade é que esta união é importante até porque a Igreja não tem muitos meios.”

Voltaremos na próxima semana com a segunda parte desta entrevista a Carmo Rodeia, diretora de comunicação do Santuário de Fátima e colaboradora do portal de notícias Igreja Açores.

Fonte: Vatican News

https://www.vaticannews.va/pt/igreja/news/2018-05/portugal-comunicacao-igreja.html